terça-feira, 3 de julho de 2007
Assim caminha a universidade
Durante a leitura de uma revista, passei os olhos em uma matéria e fiquei curiosa. "Assim cominhava a universidade" se intitula a tal matéria do jornalista Luiz Carlos Silva Eiras. Ele relata a sua trajetória pelos diversos bancos escolares. O texto é dividido por datas entre 1976 a 1981. (Humm! Eu não era nascida ainda.). Logo no primeiro paragráfo identifiquei alguns métodos didáticos usados até hoje, os famosos "seminários". Geralmente as instruções são passadas nos primeiros dias do semestre. O professor expõe os temas aos alunos formam grupos e escolhem os assuntos, debatem entre si, fazem um relatório para a turma e o professor tira as conclusões. Daí nasce a prova em grupo. Onde o aluno que domina o assunto fala, o que tiver melhor letra escreve os demais assinam – "assinaturas que podem ser conseguidas antes da prova, liberando-os para outras atividades como ler revistas, conversar, ir embora, etc. Para o professor também é ótimo: são menos provas a corrigir. Uma turma de 40 alunos, por exemplo pode ser facilmente reduzida a oito provas". Particularmente não sou muito fã dos seminários. Se bem que pensando melhor, são muitos os favorecidos, deve ser esse o segredo do sucesso. Afinal de contas, é um hit entre os professores, 8 entre 10 o adotam!
Do decorrer do texto, vou ficando mais envolvida com a história da vida real. Derrepente brota do texto a famosa frase da "tchurma" dos que chegam quase na hora de ir embora: "O professor já fez a chamada?"
Minha surpresa é maior quando encontro nas linhas bem escritas " a professora das fichinhas". Batata! Esse era o nome que faltava! Fichinhas ou lâminas, sem elas não tem aula e nem professor. A turma se divide entre os contra e os a favor. Uns querem que a universidade substitua o tal professor, outros acham que não, pois a universidade levaria muito tempo para substituir o docente e assim perderiam muitas aula, ou melhor lâminas!
Trinta anos nos separam. Os fatos são interligados e se misturam. Passado com presente. Um alívio repentino, por encontrar um pedaço da minha realidade acadêmica alí relatada. Pensei, nada está perdido, tudo isso é normal. Um minuto depois, me preocupei novamente. Estamos empregandos por vícios didáticos, que são odiados e aclamdos!
Mas, como diz Fernando Pessoa, "tudo vale a pena se a alma não é pequena". Vamos falar, cantar, gritar, batucar com tampa de panela, colocar o nariz de palhaço para tudo aquilo que não concordamos. Pois, no país das injustiças tudo é possível até o impossível!!!
Durante a leitura de uma revista, passei os olhos em uma matéria e fiquei curiosa. "Assim cominhava a universidade" se intitula a tal matéria do jornalista Luiz Carlos Silva Eiras. Ele relata a sua trajetória pelos diversos bancos escolares. O texto é dividido por datas entre 1976 a 1981. (Humm! Eu não era nascida ainda.). Logo no primeiro paragráfo identifiquei alguns métodos didáticos usados até hoje, os famosos "seminários". Geralmente as instruções são passadas nos primeiros dias do semestre. O professor expõe os temas aos alunos formam grupos e escolhem os assuntos, debatem entre si, fazem um relatório para a turma e o professor tira as conclusões. Daí nasce a prova em grupo. Onde o aluno que domina o assunto fala, o que tiver melhor letra escreve os demais assinam – "assinaturas que podem ser conseguidas antes da prova, liberando-os para outras atividades como ler revistas, conversar, ir embora, etc. Para o professor também é ótimo: são menos provas a corrigir. Uma turma de 40 alunos, por exemplo pode ser facilmente reduzida a oito provas". Particularmente não sou muito fã dos seminários. Se bem que pensando melhor, são muitos os favorecidos, deve ser esse o segredo do sucesso. Afinal de contas, é um hit entre os professores, 8 entre 10 o adotam!
Do decorrer do texto, vou ficando mais envolvida com a história da vida real. Derrepente brota do texto a famosa frase da "tchurma" dos que chegam quase na hora de ir embora: "O professor já fez a chamada?"
Minha surpresa é maior quando encontro nas linhas bem escritas " a professora das fichinhas". Batata! Esse era o nome que faltava! Fichinhas ou lâminas, sem elas não tem aula e nem professor. A turma se divide entre os contra e os a favor. Uns querem que a universidade substitua o tal professor, outros acham que não, pois a universidade levaria muito tempo para substituir o docente e assim perderiam muitas aula, ou melhor lâminas!
Trinta anos nos separam. Os fatos são interligados e se misturam. Passado com presente. Um alívio repentino, por encontrar um pedaço da minha realidade acadêmica alí relatada. Pensei, nada está perdido, tudo isso é normal. Um minuto depois, me preocupei novamente. Estamos empregandos por vícios didáticos, que são odiados e aclamdos!
Mas, como diz Fernando Pessoa, "tudo vale a pena se a alma não é pequena". Vamos falar, cantar, gritar, batucar com tampa de panela, colocar o nariz de palhaço para tudo aquilo que não concordamos. Pois, no país das injustiças tudo é possível até o impossível!!!
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