quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Comportamentos Urbanos – parte I (para refletir)
Ainda refletindo sobre conceitos atuais da vida urbana, certos pontos levantam algumas questões, como: o que queremos de verdade, viver excluídos, dentro de muros cobertos com cerca elétrica? Resgatar a privacidade, tornando-se intocáveis?
Difícil pensar sobre isso, tentando ser imparcial. Afinal de contas, estamos todos no mesmo barco urbano. Diferenciamo-nos por nossos condomínios, sejam eles verticais horizontais, fechados ou semi-abertos. Não confundam os regimes, estamos falando de moradias urbanas.
Os condomínios fechados ganham cada vez mais espaço e adeptos. Grandes construções, casas sem muros ou cercas, ruas largas e limpas, tudo isso delimitado por grandes muralhas que protegem os seus moradores, como se tivesse uma redoma de vidro. Talvez, em busca de uma “aldeia”, de uma “tribo”, de costumes diferentes dos encontrados nas cidades. Se por um lado os muros excluem os que estão de fora à falta desse mesmo muro do lado de dentro da “aldeia”, causa uma exposição maior do que estamos acostumados. Por sua vez, nos apartamentos, basta fechar a porta e já estamos isolados. A porta principal (ou única) é a barreira que separa o nosso reduto familiar dos demais.
Os condomínios, seja ele qual for, são cada vez mais presentes nos meios urbanos. Pessoas se adaptando com essa nova forma de organização. Novas aldeias, com novos devotos que tentam resgatar, ou ainda ter pela primeira vez a sua reserva segura. Como se comportar nessa nova realidade?
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
MERGULHOS NA MENTE HUMANA
Horas bem gastas com bate-boca de tirar o fôlego. Pensamentos que vão e vem. Pessoas se lambuzam nas marés da vaidade na tentativa de justificar o egocentrismo descarado. A auto-afirmação é um santo remédio para o pobre de espírito. Também, se eu não sou o cara, quem será?
Nesse mistério profundo do pensamento humano, encontro suposições para o momento, coisas do tipo: Todo indivíduo contém uma dose dois lados, do certo e do contrário. Como se fosse um remédio, essa idéia entra no meu corpo, que libera uma dose de analgésico e me joga no espaço sideral. De lá, enxergo a Terra, as estrelas, alguns planetas flutuando. Um preto iluminado sem fim, um azul e branco brilhante pairando na órbita de uma bola incandescente. E tudo isso, pasmem, é movido pelo pensamento. Esse ato, que parece inofensivo é que fez e faz tudo existir. Pensar tem que ser um exercício diário. Achar soluções para as tramas e dúvidas geradas pelo que nos cerca. A geniosa mente humana move montanhas, já dizia o ditado.
Por um instante sinto um alívio. Pois, constato que na verdade o relógio não controla tudo. Que tempo não é dinheiro. Que o capitalismo não consome tudo. Boas idéias são de graça e que pensar assim garante a certa tranqüilidade. Não temos que correr tanto para conseguir a paz, temos que parar e analisar as circunstâncias. Questionar as causas e muitas vezes se conformar com as suposições, para não ficar demasiadamente crente. A calmaria dura pouco, o telefone toca, são eles atrás dos resultados. Quem disse que tempo não é dinheiro hoje em dia?