domingo, 25 de novembro de 2007
Uma comédia da vida real
Saneamento Básico - o filme, é uma satira a vários acontecimentos envolvendo a vida e o cinema. Uma vila no interior do Rio Grande do Sul, precisa construir uma fossa. sem dinheiro, a prefeitura reconhece a necessidade da obra, mas não aprova o projeto. Porém, informa aos moradores que possuí uma verba de 10 mil reais para serem gastos em um filme. E se isso não acontecer o dinheiro será devolvido ao governo do estado. começa então uma corrida para a execução do projeto. sem ao menos saber o que é ficção, os moradores começam a construir o roteiro, conseguem uma camera e dão início às filmagens. Com muito humor, a película se transforma em uma matéfora da arte em nossas vidas. A fossa foi iniciada, mas não concluida e isto nos remete a política nacional. quantas obras pagas inacanadas existem neste país? Bem próximo está a ampliação da Baltazar da Rocha, o metrô de superfície e as obras nas pistas dos aeroportos. A ficção se aproxima da realidade: obras inacabadas, promessas não cumpridas.
O Poderoso Peixão
Relembrando um livro de Ernest Hamingway e ainda um conto infantil me deparei com a realidade brasileira. O velho e o mar conta a história de Santiago, um velho pescador Cubano que fica 81 dias sem pescar nada e promete acabar com isso. com uma linha, anzol e iscas que ganhou do amigo Manolin, ele se aventura no mar para procurar o maior peixe de todos. Um animal tão grande e forte que um velho sozinho não conseguiria pegá-lo. Quase sem querer eu misturo a história com o conto. Vem a imagem lúdica da história do peixe liso. Onde pescadores de uma vila inteira vão à procura de um peixe que, como na história de Hamingway, é grande, forte, poderoso e liso. O que dificulta muito a captura. São dias e noites em alto mar para tentar fisgar o peixão. Uma batalha sofrida. mas o dia certo estava por chegar, com a lua minguando, quando a maré fica mais baixa. Porém, a noite é mais ecura e sombria. Eis que aparece uma mancha nas águas gélidas do inverno. É ele, o rei dos mares. Os pescadores preparam-se para capturar o bicho. Todos juntos, como se fossem um só, tentam agarrar a presa. De repente, como se estivessem enfeitiçados, alguns homens fogem com medo do animal, tamanha era sua força e inquietude. Os que ficaram, continuaram na luta com o animal. O que les não sabiam era que o peixe estava tão liso que parecia que tinha sabão no corpo. Como num passe de mágica, o soberano dos mares consegue se livrar dos pescadores e volta às águas profundas para continuar o seu reinado. Será que os 40 senadores que votaram pela absolvição de Renan Calheiros também estavam enfeitiçados como os pecadores? Ou será que o Presidente do senado é como o poderoso e temido rei dos mares??
A pizzaria do Senado
Em votação secreta, o Senado Brasileiro absolveu o seu Presidente das acusações levantadas contra ele. Como dizem que os brasileiros têm memória curta, vamos relembrar alguns fatos.
Em junho de 2007, Renan Calheiros foi acusado de receber ajuda financeira de um lobista, Cláudio Gotíjio. O assunto teve destaque na revista Veja de atuação nacional. Segundo a reportagem, de janeiro de 2004 a dezembro do ano passado, o lobista teria pago pensão mensal de 12 mil reais para a filha de 3 anos que o senador tem com a jornalista Mônica Veloso, além do aluguel de 4,5 mil reais, de um apartamento de quatro quartos em Brasília. O montante era pago em dinheiro dentro de um envelope, 16 mil. O senador se defendeu dizendo que era recurso próprio, vindo da venda de gado, que não foram declarados no imposto de renda. O que foi desmentido. Então, o que sobra são os seus rendimentos como senador, 12 mil reais brutos por mês.
Vamos esclarecer outra coisa. O tal decoro parlamentar, está descrito no regimento interno de cada casa do Congresso Nacional. Algumas atuações ferem esse decoro, como: abuso de poder e recebimentos de vantagens indevidas. Pizza!! Juntando todos os ingredientes, podemos montar uma pizza tamanho família, bem recheada. Com bastante mentiras, cinismo, cara de pau, um toque de injustiça para temperar e corrupção para dar um ar de requinte. Ah! E não esquecendo que essa pizza é bem cara, viu? Com todos esses ingredientes, ela sai por 16 mil reais, mas se chorar um pouquinho você leva por 12. Quem quiser saborear a Pizza Calheiros é só pedir lá na pizzaria do senado!!
Em junho de 2007, Renan Calheiros foi acusado de receber ajuda financeira de um lobista, Cláudio Gotíjio. O assunto teve destaque na revista Veja de atuação nacional. Segundo a reportagem, de janeiro de 2004 a dezembro do ano passado, o lobista teria pago pensão mensal de 12 mil reais para a filha de 3 anos que o senador tem com a jornalista Mônica Veloso, além do aluguel de 4,5 mil reais, de um apartamento de quatro quartos em Brasília. O montante era pago em dinheiro dentro de um envelope, 16 mil. O senador se defendeu dizendo que era recurso próprio, vindo da venda de gado, que não foram declarados no imposto de renda. O que foi desmentido. Então, o que sobra são os seus rendimentos como senador, 12 mil reais brutos por mês.
Vamos esclarecer outra coisa. O tal decoro parlamentar, está descrito no regimento interno de cada casa do Congresso Nacional. Algumas atuações ferem esse decoro, como: abuso de poder e recebimentos de vantagens indevidas. Pizza!! Juntando todos os ingredientes, podemos montar uma pizza tamanho família, bem recheada. Com bastante mentiras, cinismo, cara de pau, um toque de injustiça para temperar e corrupção para dar um ar de requinte. Ah! E não esquecendo que essa pizza é bem cara, viu? Com todos esses ingredientes, ela sai por 16 mil reais, mas se chorar um pouquinho você leva por 12. Quem quiser saborear a Pizza Calheiros é só pedir lá na pizzaria do senado!!
terça-feira, 3 de julho de 2007
Assim caminha a universidade
Durante a leitura de uma revista, passei os olhos em uma matéria e fiquei curiosa. "Assim cominhava a universidade" se intitula a tal matéria do jornalista Luiz Carlos Silva Eiras. Ele relata a sua trajetória pelos diversos bancos escolares. O texto é dividido por datas entre 1976 a 1981. (Humm! Eu não era nascida ainda.). Logo no primeiro paragráfo identifiquei alguns métodos didáticos usados até hoje, os famosos "seminários". Geralmente as instruções são passadas nos primeiros dias do semestre. O professor expõe os temas aos alunos formam grupos e escolhem os assuntos, debatem entre si, fazem um relatório para a turma e o professor tira as conclusões. Daí nasce a prova em grupo. Onde o aluno que domina o assunto fala, o que tiver melhor letra escreve os demais assinam – "assinaturas que podem ser conseguidas antes da prova, liberando-os para outras atividades como ler revistas, conversar, ir embora, etc. Para o professor também é ótimo: são menos provas a corrigir. Uma turma de 40 alunos, por exemplo pode ser facilmente reduzida a oito provas". Particularmente não sou muito fã dos seminários. Se bem que pensando melhor, são muitos os favorecidos, deve ser esse o segredo do sucesso. Afinal de contas, é um hit entre os professores, 8 entre 10 o adotam!
Do decorrer do texto, vou ficando mais envolvida com a história da vida real. Derrepente brota do texto a famosa frase da "tchurma" dos que chegam quase na hora de ir embora: "O professor já fez a chamada?"
Minha surpresa é maior quando encontro nas linhas bem escritas " a professora das fichinhas". Batata! Esse era o nome que faltava! Fichinhas ou lâminas, sem elas não tem aula e nem professor. A turma se divide entre os contra e os a favor. Uns querem que a universidade substitua o tal professor, outros acham que não, pois a universidade levaria muito tempo para substituir o docente e assim perderiam muitas aula, ou melhor lâminas!
Trinta anos nos separam. Os fatos são interligados e se misturam. Passado com presente. Um alívio repentino, por encontrar um pedaço da minha realidade acadêmica alí relatada. Pensei, nada está perdido, tudo isso é normal. Um minuto depois, me preocupei novamente. Estamos empregandos por vícios didáticos, que são odiados e aclamdos!
Mas, como diz Fernando Pessoa, "tudo vale a pena se a alma não é pequena". Vamos falar, cantar, gritar, batucar com tampa de panela, colocar o nariz de palhaço para tudo aquilo que não concordamos. Pois, no país das injustiças tudo é possível até o impossível!!!
Durante a leitura de uma revista, passei os olhos em uma matéria e fiquei curiosa. "Assim cominhava a universidade" se intitula a tal matéria do jornalista Luiz Carlos Silva Eiras. Ele relata a sua trajetória pelos diversos bancos escolares. O texto é dividido por datas entre 1976 a 1981. (Humm! Eu não era nascida ainda.). Logo no primeiro paragráfo identifiquei alguns métodos didáticos usados até hoje, os famosos "seminários". Geralmente as instruções são passadas nos primeiros dias do semestre. O professor expõe os temas aos alunos formam grupos e escolhem os assuntos, debatem entre si, fazem um relatório para a turma e o professor tira as conclusões. Daí nasce a prova em grupo. Onde o aluno que domina o assunto fala, o que tiver melhor letra escreve os demais assinam – "assinaturas que podem ser conseguidas antes da prova, liberando-os para outras atividades como ler revistas, conversar, ir embora, etc. Para o professor também é ótimo: são menos provas a corrigir. Uma turma de 40 alunos, por exemplo pode ser facilmente reduzida a oito provas". Particularmente não sou muito fã dos seminários. Se bem que pensando melhor, são muitos os favorecidos, deve ser esse o segredo do sucesso. Afinal de contas, é um hit entre os professores, 8 entre 10 o adotam!
Do decorrer do texto, vou ficando mais envolvida com a história da vida real. Derrepente brota do texto a famosa frase da "tchurma" dos que chegam quase na hora de ir embora: "O professor já fez a chamada?"
Minha surpresa é maior quando encontro nas linhas bem escritas " a professora das fichinhas". Batata! Esse era o nome que faltava! Fichinhas ou lâminas, sem elas não tem aula e nem professor. A turma se divide entre os contra e os a favor. Uns querem que a universidade substitua o tal professor, outros acham que não, pois a universidade levaria muito tempo para substituir o docente e assim perderiam muitas aula, ou melhor lâminas!
Trinta anos nos separam. Os fatos são interligados e se misturam. Passado com presente. Um alívio repentino, por encontrar um pedaço da minha realidade acadêmica alí relatada. Pensei, nada está perdido, tudo isso é normal. Um minuto depois, me preocupei novamente. Estamos empregandos por vícios didáticos, que são odiados e aclamdos!
Mas, como diz Fernando Pessoa, "tudo vale a pena se a alma não é pequena". Vamos falar, cantar, gritar, batucar com tampa de panela, colocar o nariz de palhaço para tudo aquilo que não concordamos. Pois, no país das injustiças tudo é possível até o impossível!!!
sábado, 16 de junho de 2007
Rezar é a solução!
Final de semana começando. Viagem marcada. Destino? Florianópolis. O lugar certo para se livrar do estresse do dia-a-dia. Para melhorar o clima de férias, nada de carro. Vamos esquecer a BR-101. Passagens compradas, hotel reservado. Floripa, ai vamos nós!
Na chegada ao saguão do aeroporto em Porto Alegre, o clima não era exatamente o esperado. Filas e mais filas antecedem o check-in. No painel, constatei que a maioria dos vôos estavam atrasados. Mas, para minha surpresa o meu guichê estava vazio. Oba! O meu vôo deve sair na hora marcada. O atendente chamou: "O próximo, por favor! Foi quando gentilmente, fui avisada que o vôo estava sem previsão de partida. Por culpa da meteorologia. Foram mais de seis horas de espera. Incontáveis cafezinhos. De repente, escuto uma senhora quase gritando: "Olha lá no quadro, o atraso é meteórico". Pensei: A situação é mais séria do que eu imaginava! Além da chuva, agora meteoros!
A única informação concreta recebida era a tal culpa da meteorologia. Comecei a relacionar os fatos. Vamos ver, os atrasos em todo o país nada tem a ver com as reformas na pista do aeroporto de São Paulo. Que, diga-se de passagem, é um dos principais, se não o principal aeroporto do Brasil. E ainda, nenhuma relação com a crise dos controladores de vôo, e sim a culpa é toda do tempo. Automaticamente podemos dizer que a culpa é de Deus. E a solução para o caos aéreo é simples. E não custa nada. Rezar! Vamos todos começar a rezar e pedir a Deus que não mande mais nenhum meteoro e nem chuvas torrenciais!
Na chegada ao saguão do aeroporto em Porto Alegre, o clima não era exatamente o esperado. Filas e mais filas antecedem o check-in. No painel, constatei que a maioria dos vôos estavam atrasados. Mas, para minha surpresa o meu guichê estava vazio. Oba! O meu vôo deve sair na hora marcada. O atendente chamou: "O próximo, por favor! Foi quando gentilmente, fui avisada que o vôo estava sem previsão de partida. Por culpa da meteorologia. Foram mais de seis horas de espera. Incontáveis cafezinhos. De repente, escuto uma senhora quase gritando: "Olha lá no quadro, o atraso é meteórico". Pensei: A situação é mais séria do que eu imaginava! Além da chuva, agora meteoros!
A única informação concreta recebida era a tal culpa da meteorologia. Comecei a relacionar os fatos. Vamos ver, os atrasos em todo o país nada tem a ver com as reformas na pista do aeroporto de São Paulo. Que, diga-se de passagem, é um dos principais, se não o principal aeroporto do Brasil. E ainda, nenhuma relação com a crise dos controladores de vôo, e sim a culpa é toda do tempo. Automaticamente podemos dizer que a culpa é de Deus. E a solução para o caos aéreo é simples. E não custa nada. Rezar! Vamos todos começar a rezar e pedir a Deus que não mande mais nenhum meteoro e nem chuvas torrenciais!
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