segunda-feira, 19 de julho de 2010

Um olhar sobre a Praça da Alfândega

Praça da Alefândega nos anos 40
Fonte: Blog Porto Imagem


Passos apressados. Andar ritmado pelo tic tac do relógio, que parece andar mais rápido que o normal nesta parte da cidade. No rosto a expressão se repete: cara sisuda, fechada, preocupada. O centro da cidade poderia ser um local mais calmo? Por natureza não. Pois, a grande concentração de pessoas, não o permite.

Em Porto Alegre, o centro histórico é cercado de prédios que abrigam arte. Em frente a esses prédios está a Praça da Alfândega, que no momento passa por uma reforma, onde uma grande reconstituição está sendo feita com base no desenho original da praça dos anos 40. Um tapume foi erguido em volta do espaço público urbano, atrapalhando os transeuntes, impedindo os senhores de passar o tempo jogando xadrez ou alimentando as pombas. Os vendedores ambulantes, com suas bancas cheias de mercadorias, também estão do lado de fora. E ainda, outro tipo de comércio, está impossibilitado de desfrutar de seu costumeiro local de trabalho, trata-se da profissão mais antiga do mundo, hoje renomeada como Profissionais do Sexo, ou apenas PS.

A ausência de um espaço como esse, que proporciona a convivência ou recreação para seus usuários, faz falta e gera incômodo. Uma solução para sanar a momentânea perda foi colocar bancos no entorno da praça, rente ao tapume. O que não foi bem uma solução e sim um quebra galho.

O dia a dia do centro de Porto Alegre está diferente. As mudanças no caminho, no local de trabalho e lazer provocam um deslocamento que incomoda. A estética também está comprometida. As formas elegantes do quadrilátero central histórico de Porto Alegre estão em reforma. Mudança normalmente é bom. No começo é complicado, bagunçado e feio. O processo é lento até o gran finale, que promete um espetáculo. Sonhemos: caminho livre para transitar, palmeiras imperiais, bancos suntuosos, limpeza impecável, segurança 24 horas, jardins dignos de castelos europeus.

Um comentário:

RIJSDIJK disse...

segurança 24 horas, ta bom,
as vezes sinto que a chuva nos traz sonhos impossíveis. Um beijo.