segunda-feira, 11 de agosto de 2008

As teias da vida


Em tempos mais calmos de descanso é possível fazer algumas analises, que em dias normais certamente não aconteceria. É natural, por causa da correria do dia-a-dia, deixarmos para trás muitos momentos importantes da vida que deveriam ser avaliados. Digo isso, no sentido de crescimento e até de bem estar. Ao invés de tomar essa iniciativa de avaliação, muitas vezes deixamos o estresse tomar conta do corpo, trazendo ainda uma ligeira dor de cabeça. Porém, tudo isso pode ser rapidamente maquiado com uma generosa taça de vinho. Um bom Cabernet Sauvignon. Pronto, mais relaxados, sem pensar no que aconteceu, somente desfrutando aquele momento de integração e até certo êxtase, você e sua dose diária de animo. Hoje escutei na sala de espera do médico, que duas ou três taças de vinho são o calmante da dona de casa. A moça completou:
- Durmo que é uma beleza!
Bem, acho que esse luxo não é só da dona de casa. È uma saída se for acompanhado de um bom papo. Sei que é um pouco brega falar sobre isso, mas eu sou daquele tipo que precisa estar sempre lembrando de certas coisas. Confesso que escrevendo e bancando a escritora de auto-ajuda é uma das maneiras que me encontro (humm!) . Segundo uma grande amiga eu sou uma pessoa difícil. Essa deve ser uma das razões de tudo isso. Muitos momentos importantes e acontecimentos passam batidos no nosso cotidiano. Pode ser por falta de tempo, por comodismo, ou até por não enxergar tal momento como tão importante assim, que isso aconteça. Porém, tempos depois percebemos as ligações da vida. Aí começa aquela coisa de mundo pequeno, das coincidências, outros chamam isso de destino. Sei lá!
Penso que o caminho é uma boa reflexão do que você acha que deve permanecer na sua vida. É um pouco complicado, pode até parecer utopia. Mas, se for um exercício contínuo, acredito na eficácia. Lembrar todos os dias das coisas que você preza é uma opção para conseguir equilibrar certos sentimentos. E ainda, pensar que nem tudo é o que parece. Que nossa imaginação é muito fértil e que as achamos cabelo em ovo. Também funciona. Aliás, isso é bem coisa do ser humano: o “achismo”.

Uma dica de filme que vai abrir sua janelinha para esse tipo de reflexão é: As cinco pessoas que você encontra no céu. O filme conta a história de Eddie, um mecânico de um parque de exposição que morre no dia do seu aniversário. Ele passou boa parte da vida achando que era um fracassado. Depois de sua morte ele encontra cinco pessoas que mostram que as coisas nem sempre são como imaginamos. O filme nos faz lembrar que vivemos numa ampla teia e que temos o poder de mudar muitas coisas com simples gesto, e ainda mostra a importância da lealdade e do amor.

A propósito: O que é uma pessoa fácil?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Pensamento Mágico



Todos nós percebemos parte daquilo que somos capazes de ouvir e ver. Não prestamos atenção em alguns detalhes do dia-a-dia e assim não damos tanta importância. A antropóloga Paulo Monteiro, em seu comentário sobre o pensamento mágico lembra que para o “primitivo” essa relação se faz com base na afetividade. Por exemplo, ele presta muito mais atenção do que nós nas sombras, para ele, as sombras são almas, enquanto para nós seria simplesmente negação de luz.
Mesmo quando não se conhece a origem e o significado de alguma coisa, criamos um pensamento e uma imagem para isso. Muitas vezes ligamos a religião ou algo inexplicável para essa compreensão. O homem de outrora achava que se fosse até o horizonte cairia em um buraco, pois compreendia que a terra era quadrada. Ainda, achavam que dragões existiam, que as bruxas eram malvadas e que doenças causadas pela falta de higiene era coisa do “diabo”. Muitas vezes esses pensamentos servem como fuga, como maneira de afagar o desconhecido.

terça-feira, 22 de abril de 2008


A vida é cheia de surpresas, de gostos, de sabores. As vezes pensamos em algo, quando nos damos conta isso já aconteceu. Ver novas caras , novas possibilidades, novos horizontes é instigante. Estar em constante renovação é garantia de alegria, de esperança e de angustia boa. Nem sei se existe o contrario, mas acredito que essa vida é cheia de coisas para desbravarmos. Parar de produzir? Só se for nas férias. E mesmo assim estamos fazendo alguma coisa, amigos. Ta aí, uma coisa muito boa dessa vida, os amigos. Algumas vezes, substitui minha família por amigos. A distancia nos obriga a isso. Bem, tinha o pai, a mãe ( q na maioria das vezes era eu), o irmão mais velho, o mais novo e por aí vai. Claro que esse sentimento é apenas emprestado, pois a família, pelo menos a minha é insubstituível. Enfim, o sentimento é transferido sem nenhuma pretensão aparente. Quer dizer, existe uma pré -disposição a carência, a falta de alguma coisa. Amor, carinho e compreensão. Nossa, que coisa mais brega. O brega é legal. Isso tudo pra dizer que reencontrar pessoas que outrora foram mais importante que tudo, continua sendo muito gostoso. Adoro. A vida é bela. Amo tudo isso. Sentir a vida é maravilhoso. Obrigada!!!!

sábado, 12 de abril de 2008

Respirar, pensar e expressar.

O ser humano é insaciável. Sempre em busca de algo. Faz coisas inexplicáveis na procura pela sua cura. Às vezes fica tranqüilo e pensa que achou o tesouro para satisfazer suas necessidades. Na maioria dos casos é só olhar para o lado e sentir a felicidade. Mas não, insistimos com os altos e baixos.
É bom escutar o barulho da chuva. Olhar a montanha verde coberta por um manto branco e úmido. A folha de bananeira contrastando com o gira-sol no encerrar do dia. Águas calmas, aparência tranqüila. Dizem que depois da tormenta vem o sol para iluminar e aquecer o que outrora estava encharcado.
O bom é estranho. É calmo demais. Dá medo. Muitas perguntas sem respostas. O pior é que a maioria nem questiona. Está tão preocupada consigo que esquece até da chuva, das nuvens, do sol e do ar. Vamos respirar com vontade!
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Coisa de maluco?

De vez em quando, você não tem a impressão de que só você é louco e todo mundo normal? Então escuta só:
As prioridades do orçamento mundial, gastos em dólares:
Armamentos – 80 bilhões
Fumo – 40 bilhões
Publicidade – 25 bilhões
Cerveja – 16 bilhões
Vinho – 8 bilhões
Golfe – 4 bilhões

Total do necessário para satisfazer as necessidades elementares de saúde, educação e alimentação de todas as crianças do mundo – 3,4 bilhões.
Fonte: informe de 1995 do Unicef, órgão da ONU para a infância.

Não é coisa de louco? O mundão doido mesmo.

Energia Solar
O sol batendo no solo do Brasil (maior nação tropical do planeta) equivale por dia à energia gerada por 300.000 usinas Itaipu. Em termos energéticos, o babaçu do maranhão vale uma Arábia Saudita ( petróleo, esgotável em trinta anos). E o Brasil se mantém atrelado ao petróleo e às usinas Hidrelétricas.
Fonte: J.W. Bautista Vidal, entrevista a Caros Amigos, dezembro/1997.

Morra em nome de Deus!
Deus, Alá ou que nome tenha, em toda religião, é amor. Em nome d’Ele, no Oriente Médio judeus e palestinos se trucidam para ver quem tem direito (exclusivo e excludente) a viver na terra em que nasceu “o filho de Deus”.


Bem, o mais louco é que tudo isso foi publicado há dez anos atrás em uma sessão da revista Caros Amigos. Minha sensação é de que paramos no tempo, pois essas notícias e fatos são recentes. É coisa de maluco mesmo!

quarta-feira, 26 de março de 2008


Qualquer semelhança é pura coincidência. Foi mais ou menos isso que pensei quando comecei a assistir Juno. O roteiro de uma maneira geral é simples: uma adolescente que engravida e decide entregar seu filho a adoção.
Mas, alguns detalhes da personagem (Juno, interpretado por Ellen Page) fazem com que o público se apaixone por ela. O filme mostra situações e tramas interligadas. São boas reflexões da vida. Como, por exemplo, a maneira com que as outras pessoas encaram a gravidez de uma adolescente de 16 anos. Por se tratar de uma jovem, muitas vezes o preconceito é descarado. Ainda, a reação dos pais, a questão do aborto e uma saída para que esse aborto não aconteça, algo parecido com barriga de aluguel. A mãe apenas gera o filho e depois entrega para a adoção.
Alguns detalhes do filme chamam a atenção. A cena que Juno e Mark, o pai adotivo de seu filho, discutem qual rock’n roll é melhor. Em que época foi feito melhor música. Uma discussão sem fim, já que cada um tem a sua opinião. E não tem como julgar se 1991 foi melhor que 1994. Falando em música, não podia passar em branco a trilha sonora, que é repleta de cançõezinhas folk que te pegam de jeito. Tem bandas como Sonic Youth e Belle and Sebastian, coisas antigas, como Buddy Holly e Kinks, algumas covers e uma quase infinidade de boas surpresas.
A interpretação de Ellen Page é muito cativante. Ela consegue envolver a personagem e encanta, confesso que me emocionou. Apesar de que isso não coisa muito difícil de conseguir. Ainda mais que estava me vendo ali. Há dez anos atrás. Grávida na escola, todos me olhando. Ta aí, a arte imitando a vida mais uma vez.

** Recomendo o filme.

terça-feira, 18 de março de 2008

Imagem, imaginação e lembranças (para imaginar!)


A Imagem pode ser o procedimento para tornar presentes os objetos, mas talvez as imagens nunca sejam cópias dos objetos. Compreender, lembrar, inventar é sempre formar primeiramente um esquema e depois descer do esquema à imagem. E assim, podemos criar outra cena com a nossa imaginação.
A utilização da imagem é a tentativa de compreender um conceito. Ao contrário, será muito abstrato e mais difícil de fixá-lo ou de guardar esse pensamento. Sem imagem, temos que utilizar o lado mágico, ou seja, criar nosso filme de aprendizados. Uma vez associado imagem/conceito é muito difícil de mudar.
A lembrança existe através da imagem. Essa imagem relacionada com uma atitude gera a percepção da lembrança. Então, se perceber é lembrar ou a imagem não traz com si a sua origem passada e se dá como presente ou então a percepção se dá necessariamente como imagem vinda do passado. Analisando, podemos entender que o passado está mais no presente ou até que não se consegue distinguir o que é antes ou depois. Pois, para entrar no passado precisamos de uma imagem presente. O corpo age como instrumento de seleção, graças a ele a imagem torna-se percepção. “Uma vez percebidas, as imagens se fixam e se alinham na memória”.
Trabalhar com a imagem é desafiador, lúdico, mágico e de grande responsabilidade. Remexer nas idéias e sentimentos, criar novas possibilidades e conceitos com imagens é muito importante e cada vez mais presente na vida dos indivíduos.
Quando olhamos uma foto ou vídeo recebemos imagens que são revertidas em conceitos, ou não. Com a leitura é diferente, precisamos criar ou passar as palavras para imagens, que podem ser um mosaico ou uma paisagem. “Dêem-me as imagens em geral”, diz Bérgson, “ e meu corpo acabará por desenhar-se no meio delas como uma coisa distinta, já que elas mudam constantemente e ele permanece invariável”.


Fonte de pesquisa: "A imaginação" , jean-Paul Sartre.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Comportamentos Urbanos - parte II (análise reflexiva)


Se adaptar a uma realidade urbana cada vez mais globalizada é a tentativa de compreensão das grandes sociedades. A forma de alimentação, a busca por alimentos saudáveis ou não, está certamente englobada nesse pensamento. Os restaurantes que vendem comidas rápidas, fast food são cada vez mais populares entre os indivíduos. Levantando assim questões relativas ao processo de globalização cultural, tais como a tendência a homogeneização planetária e a conseqüente norte americanização de uma determinada cultura. No filme “Nação Fast food”, a história tem como cenário os Estados Unidos e mostra a realidade de alguns grupos. Entre eles estão os imigrantes Mexicanos que pagam os “coiotes” na tentativa de atravessar a fronteira dos países e entrar nos EUA em busca de uma vida melhor. O foco principal do filme gira em volta de um frigorífico. O estabelecimento fornece os hambúrgueres que são vendidos em uma grande cadeia de fast food. Os imigrantes que conseguem chegar ao país são encaminhados a esse lugar para trabalhar. Visando uma maior produção o trabalho se torna quase que escravo e sem muito controle de qualidade. Chegando ao ponto de ser encontrado, em exames, uma quantidade muito grande de coliformes fecais na carne do sanduíche. Isso mesmo, merda! Mão de obra barata, pessoal mal qualificado, trabalho feito de maneira errada e um produto final sem qualidade. Porém, restaurantes cada vez mais cheios. No filme, o trabalhador que não sabe muito bem executar o trabalho e com a pressão do seu gerente não consegue separar devidamente o estrume dos intestinos e acaba indo tudo para o mesmo lugar: o hambúrguer.
Verdade ou não, o assunto levanta alguns questionamentos. Porque comer uma comida que depois de fria fica horrível? (já experimentaram um lanche do McDonald s frio? Eca!) O preço é compatível com a qualidade? Quem come fast food? Seria essa uma prática urbana? Comida urbana! Não sei, mas uma coisa é certa a publicidade que é feita por essas empresas é muito eficiente. Mesmo com todos esses questionamentos os restaurantes estão cheios e atraem diariamente muitos consumidores.
Lendo um artigo sobre o assunto, me deparei com o sistema usado por esse tipo de empresa. Por ser um franchese sistema pelo qual a marca é cedida por aluguel e não vendida, de modo que o adquirente nunca é de fato o dono do restaurante. As lojas e os funcionários são todos iguais, mais parecem uns robôs. Os diálogos terminam com frases feitas, como se tivessem decorado e fossem obrigados a falar desse jeito. E são! O McDonald’s usa um manual que prescreve os procedimentos em detalhes. É o tal do “padrão”. Uma organização que funciona de maneira lucrativa. Outra coisa, a cozinha é o lugar mais protegido do estabelecimento. Não se pode fotografar e é muito difícil conseguir permissão para vista lá. Porque será? Tudo isso completa uma visão homogênea de um determinado grupo.
Ou seja, é tudo igual. No Brasi, EUA, França ou México. Em qualquer lugar você encontra redes como essas. Uma cultura mundial, conectada, ligadas por uma grande rede.


## “Nação fast food” não é um grande filme. Daqueles que dá gosto de ver, ou ainda vontade de assistir de novo. Mas, levanta questões interessantes sobre comportamentos urbanos. Alimentação, por exemplo, é essencial para a sobrevivência. Existe um documentário que mostra um homem que se alimentou durante 30 dias de McDonald’s e as conseqüências disso. `

## fontes de pesquisa:

Artigo de Fernanda Delvalhas de Moura, “Pesquisando em uma grande metrópole: Fast foods e studios em Paris.

Filme “Nação fast food”.

Observação de consumidores nas lojas da rede McDonald s de Porto Alegre e Florianópolis.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Comportamentos Urbanos – parte I (para refletir)

Mais conhecida como Estrada do Mar, a Rs-389 é a rodovia que passa por quase todas as praias do litoral norte gaúcho. Em um determinado trecho, algo tão corriqueiro nas grandes cidades chama a atenção do motorista, a desigualdade social. Passando o posto da polícia, em direção á Capão da Canoa uma curva semi-sintuosa divide o condomínio de luxo e a crescente favela. É no mínimo constrangedor para quem vê. Mansões multicoloridas de um lado, contrastando com o cinza dos casebres. Realidades urbanas que são construídas sem interferência. A maioria das ostentosas casas é usada apenas nos meses de verão, enquanto os barracos são utilizados nos 365 dias do ano. Se formos parar para analisar as diferenças, vamos nos deparar não só com uma rodovia dividindo essas realidades, mas sim um abismo. Mesmo com diferenças gritantes, nossos governantes parecem não enxergar tais problemas. Um caos geral!

Ainda refletindo sobre conceitos atuais da vida urbana, certos pontos levantam algumas questões, como: o que queremos de verdade, viver excluídos, dentro de muros cobertos com cerca elétrica? Resgatar a privacidade, tornando-se intocáveis?
Difícil pensar sobre isso, tentando ser imparcial. Afinal de contas, estamos todos no mesmo barco urbano. Diferenciamo-nos por nossos condomínios, sejam eles verticais horizontais, fechados ou semi-abertos. Não confundam os regimes, estamos falando de moradias urbanas.
Os condomínios fechados ganham cada vez mais espaço e adeptos. Grandes construções, casas sem muros ou cercas, ruas largas e limpas, tudo isso delimitado por grandes muralhas que protegem os seus moradores, como se tivesse uma redoma de vidro. Talvez, em busca de uma “aldeia”, de uma “tribo”, de costumes diferentes dos encontrados nas cidades. Se por um lado os muros excluem os que estão de fora à falta desse mesmo muro do lado de dentro da “aldeia”, causa uma exposição maior do que estamos acostumados. Por sua vez, nos apartamentos, basta fechar a porta e já estamos isolados. A porta principal (ou única) é a barreira que separa o nosso reduto familiar dos demais.
Os condomínios, seja ele qual for, são cada vez mais presentes nos meios urbanos. Pessoas se adaptando com essa nova forma de organização. Novas aldeias, com novos devotos que tentam resgatar, ou ainda ter pela primeira vez a sua reserva segura. Como se comportar nessa nova realidade?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

MERGULHOS NA MENTE HUMANA


Horas bem gastas com bate-boca de tirar o fôlego. Pensamentos que vão e vem. Pessoas se lambuzam nas marés da vaidade na tentativa de justificar o egocentrismo descarado. A auto-afirmação é um santo remédio para o pobre de espírito. Também, se eu não sou o cara, quem será?

Nesse mistério profundo do pensamento humano, encontro suposições para o momento, coisas do tipo: Todo indivíduo contém uma dose dois lados, do certo e do contrário. Como se fosse um remédio, essa idéia entra no meu corpo, que libera uma dose de analgésico e me joga no espaço sideral. De lá, enxergo a Terra, as estrelas, alguns planetas flutuando. Um preto iluminado sem fim, um azul e branco brilhante pairando na órbita de uma bola incandescente. E tudo isso, pasmem, é movido pelo pensamento. Esse ato, que parece inofensivo é que fez e faz tudo existir. Pensar tem que ser um exercício diário. Achar soluções para as tramas e dúvidas geradas pelo que nos cerca. A geniosa mente humana move montanhas, já dizia o ditado.

 

Por um instante sinto um alívio. Pois, constato que na verdade o relógio não controla tudo. Que tempo não é dinheiro. Que o capitalismo não consome tudo. Boas idéias são de graça e que pensar assim garante a certa tranqüilidade. Não temos que correr tanto para conseguir a paz, temos que parar e analisar as circunstâncias. Questionar as causas e muitas vezes se conformar com as suposições, para não ficar demasiadamente crente. A calmaria dura pouco, o telefone toca, são eles atrás dos resultados. Quem disse que tempo não é dinheiro hoje em dia? 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Um dia qualquer de verão!

Um final de semana de verão qualquer é sempre (ou quase) muito alegre. Um bom gaúcho não dispensa o churrasco com os amigos regado a muita cerveja bem gelada. Um dia de sol na praia as crianças adoram. Brincadeiras na areia, nado sincronizado na água, surf para os adeptos, frescobol para as meninas, picolé, sem esquecer do protetor solar, é claro. Com o sol baixando, clima de final de tarde nada melhor do começar a tramar o que fazer para fechar com “chave de ouro” o dia. Quase unânime entre os amigos a opção escolhida é o CHURRASCO. Vamos lá! Compra carne, farofa, carvão, cerveja, gelo, sal grosso, limão pra caipirinha, pão, alho. Um dos amigos lembra:
- Vai faltar cerveja!
Começa a função. Faz o fogo, abre uma latinha, corta carne, tempera, espeta, abre outra latinha, coloca o primeiro espeto na churrasqueira. Pronto! Começou oficialmente o churrasco. A tia que nunca bebe fala:
-Acho que hoje vou dar uma bebiricadinha.
Abre outra cerveja. Isso é sinal que ai vem coisa. O aperitivo está pronto. O sobrinho que adora ajudar e a comer enquanto passa o salsichão e o coração se prontifica a circular com a tábua recheada, acompanhada de farofa. Todos se deliciam. Normalmente no final dos aperitivos as pessoas já estão satisfeitas. Porém, sentam á mesa para terminar o que começaram. Nesse ponto, as pessoas estão semi-bebadas. Salvo a tia que não é acostumada a beber. Essa está no sofá, rindo sem parar. Lembrando histórias de outros churrascos. Todos na mesa, fartos de tanta carne. A cerveja continua firme e forte. Embaladas, as histórias começam. Gargalhadas de tirar o fôlego. Papo vai papo vem, eis que surge a história mais hilária da noite. A empregada da filha mais velha do tio é daquelas que nunca saiu do bairro onde mora ( arredores de Porto Alegre). Certo dia, ela estava limpando a cozinha e comentou com a patroa:
- Sabe, meu irmão foi pra África.
A patroa responde:
- É mesmo, que legal! Mas, estranha o fato.
- Sim, ele foi de caminhão. Levou três dias!
Daí já se pode imaginar como acabou o churrasco.

OS: se você está se perguntando que fim levou a tia que nunca bebe, ela não ficou pro final da confraternização. Foi dormir depois de ter conversado com o sobrinho HUGO!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Que elite é essa ?

A fama veio através da pirataria. Todo mundo queria assistir o polêmico Tropa de Elite. Hoje nos cinemas, ele bate Record de público no Brasil. O grupo da Tropa de Elite foi criado em 1978 para combater assaltos a bancos. Anos mais tarde, os homens que faziam parte do Batalhão de Operações Policiais Especiais, da PM carioca foi chamado para ajudar na guerra contra o trafico nos morros. Com experiências diárias, o Bope virou uma polícia única. Para fazer parte desse grupo seleto, o policial precisa passar por uma verdadeira sessão de tortura. No filme, aparece parte disso. Durante duas semanas os alunos dormem no máximo duas horas por dia. Comem uma mistura de arroz, feijão, carne e massa jogados no chão. O que não mostra o filme passa por horas de cavalgadas em animais sem celas, o que acaba deixando inúmeras feridas nas pernas e na bunda do aspirante a caveira negra. Para que não inflame precisam sentar na salmoura. Alguns desmaiam de dor. Essa iniciação toda é para que o aluno mude de comportamento, tenha uma nova concepção de mundo e até outra forma de enxergar a si próprio.
Ficção e realidade caminhando juntas. O que eu me pergunto é: Tudo isso é mesmo necessário? Homens serão realmente mais eficazes com tantas torturas? Ou isso vai gerar mais violência ?
Se analisarmos os resultados do Bope entre 2000 e 2006, veremos que poucas coisas melhoraram nesse período. A taxa de roubos subiu. O índice de furtos também. O tráfico está cada vez mais forte e armado. As denúncias de tortura por parte de policiais aumentaram.
Bem, podemos chegar a uma conclusão meio óbvia de que atirar para matar e tortura são soluções que não funcionam.

Felicidade, essa é a onda do verão 2008!!!

Clima de festa, tempo de férias! É hora de fazer o balanço do ano que passou e traçar os desafios, projetar novas promessas. Muitas delas (ou quase todas!) não serão realizadas e nem se quer contabilizadas no próximo balanço anual.
Nessa época do ano tudo fica diferente. A estação muda, entra o horário de verão, as aulas terminam, churrascos são feitos com mais frequência, compras de natal, compras de ano novo, amigo secreto (s), almoço de confraternização, jantar de confraternização, calor aumenta a cada dia que passa, até que chega a data tão esperada...dia 31 de dezembro. Aí a correria aumenta, começa a maratona rumo ao próximo ano: prepara a cumilança, arruma a casa, faz mais compras, abastece o freezer, arruma as crianças, chegam os convidados. UFA! Até que enfim. Todos sentam na mesa e se deleitam como se fosse a última ceia. Bem, e é. A última do ano pelo menos.
Nessa altura, quase todos já estão embalados pela champagne, cervejinha, whisky e por aí vai. O relógio marca 11:45 hs. O alvoroço começa de novo (acho que nunca acabou!). Cada um com a sua taça. um grita:
- Mas eu não bebo!
- É só para brindar o ano que está chegando.
- A tá!

Garrafas de champagne a postos. Contagem regressiva: 9,8,7,6,5,4,3,2,1. VIVA! FELIZ ANO NOVO!
Abraços, beijos, felicitações. Alguns até choram. Mais alvoroço. Os fogos iluminam o céu, uma chuva de cores e luzes.
Uns 47 minutos depois, me deparo com um sentimento estranho. Não dói, mas parece que por um instante fiquei triste. Uma coisa parecida com melancolia, misturada com nostalgia. Logo passa e lembro que é Ano Novo. Que tenho 365 dias para realizar minhas metas. OPA! Mas quais são as minhas metas mesmo?
Vamos lá!
Estabelecer metas claras para atingir os objetivos. Rir bastante, estar com os amigos, com a família, criar maneiras de ser feliz a todo momento e o mais importante....SAÚDE. Essa foi a palavra eleita para as felicitações.

MUITA SAÚDE PARA TODOS NÓS! O RESTO A GENTE CORRE ATRÁS!